A única coisa que não me convenceu no filme foi o timing histórico. O primeiro tratamento eficaz para os tiques , o antipsicótico (ou neuroléptico) pimozide, foi desenvolvido em 1964 e lançado em 1968. Na década de 1970 foram publicados dois estudos que comparavam a eficácia do haloperidol e do pimozide na ST. Na década de 1980 a sua utilização na ST foi aprovada pela FDA-food and drug administration. Ou seja, a infância de Brad se passou durante a década de 1980, e já existiam opções terapêuticas. A Tourette Syndrome Association foi fundada em 1972. Isso significa que, à época do diagnóstico de Brad, a TSA já existia e já havia tratamento disponível. No entanto, no filme, a personagem diz várias vezes que a doença não tem tratamento.
Pode ser que isso tenha sido apenas um toque dramático para o filme que Brad na vida real tenha se tratado ou tenha preferido não se tratar, o que pode ocorrer. Por exemplo, Duncan MacKinley, um psicólogo canadense que tem ST e esteve conosco no Brasil para falar de sua experiência, opta por não se tratar e as palestras dele são recheadas de gritos e gesticulações inoportunas as quais ele ostenta como um cartão de visitas ou uma bandeira de que é possível viver bem apesar dos tiques. De fato, para muitos casos o tratamento pode ser opcional, cada um deve decidir até onde quer ou pode aguentar seus tiques.
Recomendo o filme fortemente e link abaixo, cedido gentilmente pelo Auber, está abaixo:
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