quarta-feira, 8 de junho de 2011

Colecionismo

Colecionar discos, revistas, camisetas de time de futebol é um hábito comum para muitas pessoas.
Mas o que acontece quando esse hábito foge do controle e passa a ser um transtorno? De colecionadores, as pessoas passam a ser acumuladores e quem está perto vê suas casas e suas vidas se tornarem um depósito de entulhos.
Apesar de ainda ser considerado como um sintoma de outros distúrbios psiquiátricos, vários pesquisadores sugerem que o colecionismo já seja incluído no Manual de Estatística e Diagnóstico de Doenças Mentais.
Esse transtorno, que está começando a ser mais divulgado agora, atinge mais mulheres que homens.
Nesta quarta-feira (8), Ana Hounie, pesquisadora do Protoc (projeto do transtorno obsessivo-compulsivo) do HC, conversou sobre o assunto com o Doutor.
O colecionismo é patológico quando a quantidade de coisas colecionadas é tão grande que a casa fica entulhada, quando a pessoa quer jogar as coisas fora e não consegue, quando atribui um valor emocional às coisas.
Se você também anda acumulando coisas na sua casa ou conhece alguém que tenha esse comportamento, fique atento a essas características:
- Guardar itens que normalmente não são colecionáveis;
- Atribuir o mesmo valor a todos os objetos, independentemente de quais sejam;
- Comprar e guardar quantidades excessivas de algum tipo de produto;
- Ficar ansioso ou estressado ao tentar se desfazer de algum objeto;
- Não entender quando alguém sugere que alguma de suas coisas seja inútil e precise ser jogada fora;
- Não ter mais espaço no quarto ou na casa devido ao excesso de coisas amontoadas.
Esses podem ser sinais de compulsão.  Ter consciência do problema já é um começo, mas o maior passo é buscar ajuda.
No caso do colecionismo, o ideal é buscar acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
O tratamento consiste basicamente em terapia. Nos casos mais críticos, a medicação pode ser uma alternativa.
É fundamental entender que é normal mantermos as coisas enquanto são úteis e quando não precisarmos mais delas, devemos reciclá-las ou doá-las.