A ferritina
sérica é a medida mais usada para se avaliar a reserva de ferro do nosso
organismo. Um estudo de 2006 tinha encontrado em portadores de Tourette níveis mais
baixos de ferritina assim como tamanhos menores de caudado e putamen (duas
estruturas dos gânglios da base que se relacionam à ST) quando comparados a
controles. Isso sugeriu que baixos níveis de ferro pudessem afetar o caudado e
o putamen e dessa forma deixar as pessoas mais sensíveis ou predispostas a
tiques. Com isso em mente duas pesquisadoras acabaram de publicar um trabalho (Debabrata
Ghosh e Elizabeth Burkman) em
que avaliaram se a gravidade dos tiques estava relacionada aos níveis de
ferritina e se a suplementação com ferro melhoraria os tiques e a qualidade de vida
das pessoas com Tourette. Estudaram 57 pacientes e não encontraram relação entre
ferritina e gravidade de tiques, mas quando suplementaram os pacientes que
estavam com ferritina baixa, a maioria teve uma melhora dos tiques durante o
seguimento, que durou um ano.
Fica difícil
saber se há uma relação direta entre a suplementação de ferro a melhora dos
tiques, pois os tiques variam bastante ao longo do tempo e muitos outros
fatores podem ter sido responsáveis pela melhora. Além disso, a quantidade de
pacientes estudada foi pequena.
De qualquer
modo, a suplementação com ferro quando a ferritina está baixa está indicada,
então, independentemente de que seja favorável ou não para os tiques, pode ser
feita.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28470381
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