Existe a necessidade de definir o que é Tourette refratário ao tratamento, já que os casos refratários teriam indicação de ser tratados com terapias alternativas, às vezes com maiores riscos do que aqueles decorrentes das medicações usuais.
Embora a maioria dos casos de natureza leve e os tiques não necessitem de tratamento, algumas vezes os quadros são graves e podem levar a grande sofrimento pessoal e dificuldades de convívio social e de aprendizagem.
A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma técnica invasiva em que eletrodos são implantado s no cérebro e controlados por um marca-passo. Há relatos de melhora dos tiques da síndrome de Tourette com essa técnica, mas os seus riscos e seu alto custo implicam avaliação cuidadosa na indicação do procedimento.
Autores italianos (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3112313/pdf/fnint-05-00022.pdf ) propuseram os seguintes critérios para indicar a ECP para o tratamento da ST:
Acompanhamento por um mínimo de 2 anos, em que foram tentadas as seguintes medicações sem sucesso: a) dois antipsicóticos típicos ou atípicos; b) dois depletores de catecolaminas; c) dos ISRS.
Eu acrescentaria psicoterapia e pelo menos dois ou três tratamentos medicamentosos não tradicionais, incluindo acupuntura e reversão de hábito. Seguindo o princípio do primum non nocere, é preferível gastar um pouco mais de tempo tentando tratamentos mais seguros, ainda que experimentais ou que tenham sido relatados apenas em estudos de caso, do que submeter um paciente aos riscos de um procedimento invasivo que potenciais efeitos colaterais.
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